Mrs. Dalloway - Virginia Woolf


Terminei de ler Mrs. Dalloway. É incrível como uma obra tão pequena possa ser tão densa e introspectiva. Considerada obra prima da literatura, Virgina Woolf, conta um dia na vida de Clarissa Dalloway. Mais precisamente uma quarta-feira de Julho de 1923. Através de suas páginas a autora se mostra, entre os dramas vividos pelos seus personagens.


Clarissa sai para comprar flores. Ela dará uma festa à noite e precisa terminar os preparativos. Embora seja a principal personagem da obra Clarissa não é a única a ter seu universo psicológico explorado. A narrativa coexiste com outros personagens como Peter Walsh e Richard Dalloway, os dois homens na vida de Clarissa. Representando suas escolhas, pois casada com Richard não consegue esquecer Peter que, surge de repente, após anos morando na Índia. Sally, amiga que na adolescência despertara muitas dúvidas sobre os sentimentos que Clarissa por ela e que, nem mesmo agora, com mais de 50 anos se esgotaram. Hugh Whitbread médico de Septimus Smith. Esse, marido de Razia, a quem suporta suas crises de loucura e insanidade, e que mais tarde cometerá suicídio, jogando-se da janela de seu quarto. E diversos outros que tornam a narrativa complexa e cheia de detalhes, coberta por fluxos de consciência constantemente marcados pela desordem dos personagens diante da realidade, ora trazendo-nos ao passado, ora voltando-nos ao futuro, o que acaba acrescentando mais realismo à obra. Neste ponto é preciso estar muito bem concentrado para não se perde nas armadilhas da autora. Clarissa é o retrato da burguesia inglesa, sempre dando festas, sempre tentando esconder a solidão, se revela enfim uma perfeita anfitriã.


Confesso que por vezes pensei em desistir de lê-lo, mas como sou teimoso e como não havia outra obra que pudesse ser substituída a tempo, resolvi termina-la. Para aqueles que se propõem a encarar uma leitura complexa e dramática eu diria que é uma ótima companhia, contudo se te feres toda vez que tens que ler um livro, qualquer que seja, recomendaria pensar duas vezes antes de encará-lo.

O Diário do Diabo


Há quem tenha medo do Cramunhão. Eu concordo. Da maneira como o pintam até mesmo eu, homem feito, tenho meus medos. Mas tudo muda quando, o Coisa Ruim, começa a relatar sua história de maneira bem-humorada através dos séculos. É deste modo que o diário dele, o Coisa-Ruim, cujo nome atende por Nicholas D. Satan, transcrito, séculos depois, pelo professor M. J. Weeks, relata sua vida no óscio e no pecado. Desde sua expulsão do paraíso, por não concordar com os planos de Deusão (modo como o Demo se refere a Deus), passando pelos sete dias da Criação, ironicamente retaliados pelo tal Belzebu, aos modelitos, símbolos, expressões e invocações que ora o deixaram ‘queimando em brasa’ (o que não seria tão ruim assim, seria?). Outros fatos históricos (cruéis é claro) que marcaram a história da humanidade também constam no diário. A Peste Negra (a qual teve ele que fazer parceria com a morte) devido à rápida disseminação, o que deixou o inferno lotado. A ‘Divina Comédia’ escrita depois de um tour que Dante Alighieri fizera no inferno. O Livro do Mal, Malleus Maleficarum, que nos tempos da inquisição, disseminou uma comunidade na Europa. Nostradamus, Martinho Lutero, o Iluminismo, e o poder de persuadir Descartes e Galileu na ‘Idade da Razão’. Independência americana, ideias seguidas mais tarde pela Revolução Francesa em tempos de Revolução Industrial e outros fatos tão interessantes quanto aos que tomei nota para citar neste pequeno comentário. Uma obra maléfica, que em nada assusta, mas muito ensina. Não, o Diabo deve ter esquecido que, ao escrevê-la estaria relembrando as históricas atrocidades vividas pela humanidade, narradas de um maneira engraçada e prazerosa, ensinado muito mais do que pensava a nossa vã política de boa vizinhança. Recomendo, assim com a mim fora gentilmente recomendado, e emprestado diga-se de passagem, pela Danielli Zanini. Ah, esqueci de comentar. A estética da obra é divina, inclui ainda um contrato confuso e cheio de letras miúdas a ser assinado com sangue em troca de, digamos, favores espirituais.

Admirável mundo novo - Aldous Huxley

Nesta semana resolvi mudar em dois aspectos. Primeiro, que não irei me propor a fazer resumos das obras, mas comentários que tencionem ou não a fazer com que os leitores mergulhem nessa obra. Segundo, serei mais direto, objetivo. Como estou sem tempo, nada de rodeios, fru-frus ou paparicos. Então vamos aos passos: 1º apresentar a obra; 2º aspectos relevantes; 3º comentários; 4º indicações ou não; 5º fechamento (mas sem contar o desfecho). Detesto isso. Acho que estraga, e muito, a surpresa. Agora que já falei as mudanças, vamos ao livro da semana.

Desta vez não foi difícil escolher. Há dois anos atrás ganhei um livro. Pela total falta de tempo na época, sequer abri o livro para ler a sinopse. Ele ficou esquecido na estante que tem na garagem, a qual guardo o 'vasto' acervo literário que possuo. Com o projeto comecei a manusear este acervo a procura de obras que ainda não havia lido. Me deparei com 'Admirável mundo novo' de Aldous Huxley, livro que minha colega de profissão e antiga professora Miriam havia me dado em um dos amigos secretos realizados na minha antiga escola. A primeira coisa que pensei: Pitty. Sim, parece bobagem, mas 'Admirável mundo novo' me lembra muito uma música dela. O título pelo menos. Mas como não estou aqui para falar de músicas da Pitty, muito menos para dizer que curto muito os sons que ela faz, vamos continuar a narrativa.

O livro é ótimo e, embora tenha sido produzido na década de 30 apresenta características super atuais. Eu diria que é quase atemporal, não fossem algumas menções do tipo: hotéis com aquelas caixas (televisões), telefones (não celular, mas convencionais), emissoras de rádio com baterias. Certo. Não expliquei que apesar da história ter sido escrita na década de 30, era para ser algo futurista. Tipo, muitos séculos afrente, onde a família é um conceito meramente histórico, e todos são condicionados a viver de mesmo modo. Os seres humanos são contruídos, estética e psicologicamente em laboratórios, modificados de acordo com as necessidades de uma sociedade mecânica, totalitária e desumanizada. Todos pensam e agem de uma maneira igual de acordo com sua raça (cada raça trabalha em determinado setor social para fazer com que o mundo não pereça no caos). Um mundo sem preocupações, tristezas, agonias. Tudo é suprido por pastilhas de 'soma', substância que aplaca os sentimentos e faz com que os cidadãos permaneçam indiferentes a total falta de autocontrole.

Familia, individualidade, pensamento, crítica, casamento e privação sexual constituem crime. É neste mundo que Bernard vive. Não conformado com sua condição, convida Lenina para visitar com ele uma reserva de selvagens na América do Norte. Nesta reserva todos vivem conforme os antigos costumes. Envelhecem conforme a antiga ciência e seguem uma vida considerada proibída. Lá ele conhece John e sua mãe Linda, antiga parceira do 'Administrador' que fora confinada a viver entre selvagens e que agora está irreconhecível. Ao auge da trama e as principais reflexões acontecem quando Bernard volta para a 'civilização' trazendo junto com ele John e Linda. Um crítica a sociedade capitalista, que condiciona os seus ao consumismo exagerado, sem consciência exata do possuir. Um livro denso, mas indispensável.
Movie takes: a magia do cinema na sala de aula

Indicado a professores de inglês, o livro ‘Movie Takes: a magia do cinema na sala de aula’ de Grace e Janice Thiel apresenta inúmeras sugestões de filmes, entre eles alguns clássicos, com atividades de reflexão, envolvendo debates, conversas em grupo, seleção e reformulação de cenas. Dividido segundo o poema de Vladimir Maiakóvski, e organizado de acordo com essa vinculação, estão os filmes “Gattaca”, “Fahrennheit 451”, “Baraka”, “Muito além do jardim” e “Vestida para casar” que envolvem tanto os alunos quanto o professor que busca uma base para, juntamente com suas ideias, desenvolver atividades mais dinâmicas, aprimorando ainda mais seus conhecimentos cinéfilos.


Cinema – impulsionador do movimento


Cinema do grego ‘kinesis’, significa movimento, o que faz com que os filmes sejam impulsionadores do aprendizado e da reflexão. Através deles o espectador, além do entretenimento, ultrapassa barreiras de tempo e espaço desenvolvendo, se bem orientado, uma visão crítica sobre um determinado tema.


Cinema – renovador da literatura


O cinema ultrapassa os limites físicos do livro recriando histórias, que têm sua base nos textos literários. Ao assistirmos filmes deste cunho, temos que deixar de lado aquela expectativa de encontrar o mesmo texto na tela, pois o texto literário tem como suporte o livro impresso, enquanto o cinema integra a palavra à imagem e ao som, privilegiando, muitas vezes a imagem, centrando, na maioria das vezes a ação dos personagens e não exatamente a palavra.


Cinema – destruidor de estéticas


Muitas vezes o filme dialoga com o espectador por meio de uma imagem poética, uma metáfora, sem que seja necessário o uso da palavra. As imagens e sons assumem um ritmo próprio tal como a composição da poesia. Estes filmes não seguem, necessariamente, um enredo como a maioria, pois a poesia cria enigmas e articula emoções. O que acontece agora é que além de apresentar o concreto, o superficial, tais filmes mergulham na paisagem interior. A amplitude de quem olha o outro e a si mesmo em profundidade, devendo ler (o filme) nas entrelinhas, refletindo seu ritmo visual, aproximações e confrontos. Ele dialoga com as demais formas de expressão artística. Pintura, escultura, fotografia, arquitetura percebidas através do enquadramento, planificação, ritmo, iluminação.


Cinema – o destemido


O cinema nos permite que nos coloquemos em situações extremas, diferentes daquelas que conhecemos ou experimentamos. Ler um filme significa examinar o contexto social, cultural e ideológico que o fundamenta.


Cinema – o desportivo


Um filme, apreciado, é também uma fonte de entretenimento, de interação emocional. Ele provoca, muitas vezes, no expectador, uma resposta, seja de empatia, aceitação, dúvida ou rejeição.


Cinema – o divulgador de ideias


O cinema, quando não traz respostas, provoca questionamentos. Nem sempre nos é oportunizada uma leitura promotora de mudanças ou mobilizadora. Contudo, nós podemos oportuniza-la através do exercício reflexivo seja no âmbito individual, ou coletivo.

O Homem Duplicado - José Saramago

O que você faria se soubesse que em sua cidade com pouco mais de 5 milhões de habitantes existe alguém igualzinho a você? Corpo, voz, gestos. 'O Homem duplicado' escrito pelo ganhador do Nobel em literatura Saramago, questiona o quanto somos capazes de defender nossa identidade ameaçada.

Tertuliano Máximo Afonso, professor de história, questionador de métodos ultrapassados no ensino, se vê como a um espelho beija a face de seu dono ao assistir um filme indicado pelo colega de trabalho, professor de matemática. A partir de então, sua vida corriqueira, depressiva e desgastante passa a ser questionada sobre a duplicidade do ser.

O que era para ser apenas uma indicação cinéfila de um colega, a fim de distrair-lhe com futilidades, o deixa atordoado e confuso, perdido entre si e sua imagem de ator secundário de um filme nada conhecido, mas a partir de então muito cobiçado, intitulado “Quem Porfia Mata Caça”. O filme, rodado quatro anos antes, mostra um Tertuliano mais moço, de bigodes e assustadoramente parecido consigo, como fora antes. Em busca de respostas, Tertuliano busca em outros filmes, da mesma produtora, o nome do ator que com o passar dos anos ganha prestígio ao passar de um mero ator secundário para um dos principais personagens. Resolve então escrever à empresa, solicitando nome, endereço e telefone de Daniel Santa-Clara, pseudônimo de seu sósia, Antonio Claro, em nome de Maria da Paz, com quem tem um caso, afim de que não suspeitem.

Quando liga para Antônio Claro, sua mulher atende e tão semelhante voz os tem, confunde com seu marido, e o faz jurar que não ligará. Mas é Antônio Claro que retorna marcando um encontro nos arredores da metrópole. Encontram-se, despem-se, impressionam-se. São um só em dois, ou dois em um só. Nascidos à mesma data, mês e ano (um deles meia hora antes), descobrem ser original e duplicado. Tertuliano questiona que, se nascidos em tempos iguais, morrerão em tempos iguais?

A partir deste encontro a trama toma o rumo tecido pelo autor e resvala no inevitável sentimento de iniquidade que carregamos conosco. Helena, esposa de Antonio Claro, se vê atravessada pela incerteza de ter um marido ou um acompanhante e, durante dias embriagada pelos fatos vive um sonambulismo que também se abaterá a seu marido e a Tertuliano que vulnerável deixará seu sósia, ou seria seu original, planejar uma noite com sua amada.

Arraigado em seus planos, vinga-se de Antonio Claro, dormindo com sua esposa como tal a fosse. Arrependido, volta-se o destino a vingar-se de ambos. Antônio Claro e Maria da Paz morrem em acidente de trânsito quando voltavam do encontro planejado por aquele para forjar a mesma vingança vinda das leis de Talião. Sem identidade, pois é confundido com o seu caricato, Tertuliano é considerado morto passando a outra identidade: a cópia de si, pois a si já não pertence. Num desfecho impressionante o mesmo Tertuliano, agora Antonio Claro, atende a uma chamada e ao ver a história se repetir resolve pôr-lhe um fim a próprias mãos. A quem Saramago já encantar antes com livros como “Ensaio sobre a Cegueira”, “A caverna” e “Jangada de Pedra” certamente será de um fascínio o diálogo entre a identidade perdida e transformada numa obra densa e repleta de reflexões.


No coração do mar – Nathaniel Philbrick

A verdadeira história do baleeiro Essex atacado por um cachalote em 20 de novembro de 1819 e o drama de seus tripulantes contras as intempéries do mar são os principais temas deste maravilhoso romance de Nathaniel Philbrick.

O porto de Nantucket, cidade marítima situada na costa leste dos EUA, viria a se tornar uma das mais ricas cidades portuárias do início do século XIX. É de lá que partem George Pollard Jr (capitão do Essex), Owen Chase (primeiro imediato), Matthew Joy (segundo imediato), três arpoadores, o comissário Willian Bond, 13 marinheiros e o camareiro Thomas Nickerson com apenas 15 anos rumo à Região ao Largo no Pacífico Norte para caçar baleias.

A viagem, pela costa da América do Sul, estava prevista para durar dois anos e parecia estar seguindo seu curso normalmente. As baleias tão cobiçadas pelo seu alto valor no mercado eram cozidas para transformarem-se em óleo. Outro elemento muito procurado era o espermacete, líquido branco, encontrado no crânio dos cachalotes. Os inexperientes tripulantes do Essex mal suportavam o cheiro aziago e podre que infestou o navio após a queima das tiras de couro restantes do cozimento. Trocavam de roupa a cada novo cachalote abatido, descobrindo, mais tarde que um bom marinheiro não dispõe de roupas limpas por muito tempo.

Após algumas paradas na costa do Chile para abastecimento o Essex segue viagem. Novas baleias, novos cozimentos. O navio, distribuído em compartimentos para acomodar mais de 1500 barris de óleo já na costa das Ilhas Galápagos ainda estava muito aquém do desejado. A falta de baleias parecia ser a principal preocupação dos tripulantes do baleeiro, quando um cachalote de proporções maiores do que as de até então vistas, atacou o Essex em uma de suas investidas contra um grupo de baleias.

A milhas da costa os tripulantes daquela embarcação se veem em uma situação de risco extremo. Náufragos, com apenas três baleeiros e muito pouco alimento, seguem perdidos no oceano, orientando-se por cálculos através do uso de bussolas e da própria sorte.

Em uma narrativa rica em detalhes, o leitor é envolvido pelas memórias vivas e fiéis dos sobreviventes do Essex, numa corrida pela vida no imenso oceano Pacífico. O encontro com outras baleias, ilhas remotas e desconhecidas, a escassez de água e comida, a inanição e desidratação e a prática do canibalismo entre os sobreviventes quase a beira da loucura, despertam no leitor a necessidade de uma reflexão sobre os limites físicos e psíquicos do ser humano durante e depois de adversidades extremas como aquela. Recomendadíssimo.

Cultura e diversidade sem igual dos mais diversos cantos do país. Idealizado pelo jornalista Mauricio Kubrusly que, após tantas reportagens para o quadro ‘Me leva Brasil’, o livro mergulha no nada imaginário popular. Sim, todas as histórias são verdadeiras. Algumas bizarras, outras engraçadas, e em alguns casos, tristes. Contadas de modo simples, direto e com total impessoalidade.

Decidir qual seria a primeira obra literária para compor o desafio (um livro por semana) não foi tão complicada. Primeiro, teria que ser uma obra com a cara do Brasil. Segundo, deveria trazes fatos. Terceiro, os fatos precisariam ser diversos. Pronto. Receita no forno, digo, no livro, mãos a obra. Página a página as histórias contadas são de um Brasil simples, muito mais simples a que estamos acostumados a ver na televisão, ou até mesmo naqueles livros com histórias folclóricas nos quais os fatos, na maioria das vezes, são escondidos pelo imaginário popular. É compreensível. Em ambientes de extrema pobreza o povo sofrido, precisa buscar forças nas crenças que inventa, ou que ouviu falar.

Lugares onde as grandes oportunidades não existem e o preço de um dia inteiro de suor sob sol forte e condições precárias não passa de R$ 1,00. Onde nota de 5 é aparição e a ‘tapera velha, desgarrada’ só é melhor do que nada.

A obra comprova, e quem assistiu pode confirmar, que a parte mais pobre e talvez mais bizarra do Brasil ficasse no nordeste. Não é a toa que mais da metade das histórias sejam de lá. Da cidade quase sem canos àquela que conta a história de nosso ex-Presidente Lula, do filho que criou uma avenida com o nome da mãe dentro de casa, tamanho seu amor por ela ao pai cabeleireiro, macho, ‘craque’ de bola do pior time do mundo. Os nuances são construídos e separados por assuntos. Não em forma de contos, o livro não se propõe a isso, mas numa linguagem quase jornalística-popular, ora temos impressão que o jornalista nos fala, ora ficamos com a sensação de que os próprios personagens tomam forma, roubam a cena e nos contam na primeira pessoa, cada episódio.

Confesso que senti falta do povo gaúcho. Será que não temos história para contar ou nos esquecemos de que as histórias boas são aquelas que fogem os livros, correm lugares e acabam inusitadamente nas mãos de jornalistas curiosos. São 150 histórias e seria mentira dizer que há uma que mais gostei. Mas posso confessar a mais curiosa: a privada com a vista mais bonita do Brasil, onde tem muita gente que espera mais tempo na fila para apreciar a paisagem que para... A todos uma boa leitura.

Texto: João Paulo Massotti