Não quero precisar de VOCÊ,
porque nunca vou poder ter VOCÊ
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A Fase Azul

'Havia um tempo em que o céu mirava-se nos meus olhos e não meus olhos no azul do céu, o que não é nenhuma novidade, porque todo mundo já passou por essa fase: só que nem todos se lembram...'
Mário Quintana
'O menino sentiu um caroço na garganta, e no peito uma angústia medonha: a felicidade, quando é demais, também machuca'
Charles Kiefer

Um colorido de 'marfim vermelho'


Ah, as cores que trago comigo, tintureiro
Pintariam o mundo de um jeito especial
Mas não posso abrir-me por inteiro
Pois deste jeito faço-me imoral

De pedras ocas e balas duras
Em uma noite das mais escuras
Eu entreguei o ouro enfim
Para saudá-lo comprei correntes

E enfrentei, mais de mil gentes
Para salvar o pobre marfim

Aquela velha lua de noite
Que brilha muito, mas sei que esconde
Maravilhosas cores de mim
Quem, com as minhas seriam duas

Formando lenta, por entre as ruas
Um arco-íris de luz sem fim

[João Paulo Massotti - 27/11/2008]

Edu'caLção'

Acabei de ler uma reportagem no jornal Correio do Povo da última segunda-feira (o qual não havia lido ainda), em que a nossa 'estimada' Secretária da Educação parece estar mais preocupada com o corte na folha de pagamento dos professores, e com as retalhações que ela mesma está criando, do que com a possibilidade de negociar com a categoria que, está paralisada por conta de 'trapalhadas' de um governo calculista, que ostenta tudo em benefício de sí próprio. Pelas palavras já proferidas desta cidadã não tenho nada a declarar, a não ser a minha indignação diante da falta de respeito, ao protelar questões tão importantes quanto esta. Se alguém aqui tem culpa, são as 'Senhoras.'












Mentiras
são como pequenos córregos, nada pode escondê-las quando desaguam no mar.

Hamlet / Ser ou Não Ser




Todos sabemos da importância de Shakespeare no cenário da Literatura Mundial.
Eis aqui uma preciosidade: um monólogo, muito bem desempenhado pelo ator Renato Siqueira, de um excerto da obra Shakespeariana 'Hamlet.'

"Ser ou não ser eis a questão
O que é mais nobre para a alma
Sofrer os dardos penetrantes da injusta fortuna
Ou levantar-se em armas contra o oceano do mal
Contra essa torrente de calamidades,
Resistindo, lutando, até que tudo acabe?
Não, morrer é dormir, nada mais
Ah, e por um sonho
Poder dizer que todas as aflições e tristeza se acabaram
Poder dizer: - vem consumação, eu te desejo!
Morrer, dormir - talvez sonhar
Aqui está o grande mistério agora.
Durante o sono da morte,
Quando estivermos abandonados a este despejo mortal,
E sonhos, e sonhos poderão ocorrer no silêncio do sepulcro
Isso é o suficiente p'ra nos deter
Pois quem? Quem poderia suportar os açoites e o escarnio do mundo
A injustiça, a insolência do prepotente
A humilhação que a virtude recebe do invejoso
A dor de um amor desprezado?
Quando se poderia obter o repouso, com um simples punhal
Ah, se não fosse pelo temor de que existe alguma coisa além da morte
Aquele país desconhecido, cujos limites nenhum caminhante retorna
É isso, é isso que nos embaraça de dúvidas,
E nos faz ser pacientes diante do infortúnio
E nos impede, de voar ao desconhecido
Ouço vozes
É a voz de um velho, ninfo em suas orações
Ah, perdoe-me dos meus pecados
Pai,
'Ouça-me!'
Te ouço.
'Ficai!'"*

*[Esta é uma adaptação da obra Shakespeariana 'Hamlet']

Manual de Literatura

Outro dia, enquanto caminhávamos na rua, Priscila, uma das minhas alunas me perguntou porque não aprendemos literatura em Língua Inglesa. Ora, com um período semanal de 45 minutos, mal e porcamente conseguímos aprender a língua, o que dizer então da literatura. Claro que, nós professores podemos e devemos selecionar melhor nosso material didático.
Dá sim para trabalhar a língua (extrutura, linguística, enunciados) a partir de textos literários. Afinal, aprender uma língua pressupõe também, aprender os costumes oriundos dos falantes daquele código linguístico. Mas como (e ai está o desafio maior) trabalhar tudo isso, e ainda proporcionar aos alunos uma aula agradável, em um período que não se estende por mais de 45 minutos?
De fato, estou tentando descobrir!
Há uma equação - que aprendi - na qual a fórmula do ser é igual a soma dos sonhos que temos com as coisas que dele acreditamos, multiplicada à nossa capacidade de fazê-los acontecer.

sonhar + acreditar
X fazer
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SER

Este é um espaço para fragmentos literários. Textos, livros, contos, poesias, notícias, conversas, momentos da vida nossa de cada dia. Lugar de boas novas, onde a paz se faz presente em cada palavra.
Sejam bem vindos.