Movie takes: a magia do cinema na sala de aula

Indicado a professores de inglês, o livro ‘Movie Takes: a magia do cinema na sala de aula’ de Grace e Janice Thiel apresenta inúmeras sugestões de filmes, entre eles alguns clássicos, com atividades de reflexão, envolvendo debates, conversas em grupo, seleção e reformulação de cenas. Dividido segundo o poema de Vladimir Maiakóvski, e organizado de acordo com essa vinculação, estão os filmes “Gattaca”, “Fahrennheit 451”, “Baraka”, “Muito além do jardim” e “Vestida para casar” que envolvem tanto os alunos quanto o professor que busca uma base para, juntamente com suas ideias, desenvolver atividades mais dinâmicas, aprimorando ainda mais seus conhecimentos cinéfilos.


Cinema – impulsionador do movimento


Cinema do grego ‘kinesis’, significa movimento, o que faz com que os filmes sejam impulsionadores do aprendizado e da reflexão. Através deles o espectador, além do entretenimento, ultrapassa barreiras de tempo e espaço desenvolvendo, se bem orientado, uma visão crítica sobre um determinado tema.


Cinema – renovador da literatura


O cinema ultrapassa os limites físicos do livro recriando histórias, que têm sua base nos textos literários. Ao assistirmos filmes deste cunho, temos que deixar de lado aquela expectativa de encontrar o mesmo texto na tela, pois o texto literário tem como suporte o livro impresso, enquanto o cinema integra a palavra à imagem e ao som, privilegiando, muitas vezes a imagem, centrando, na maioria das vezes a ação dos personagens e não exatamente a palavra.


Cinema – destruidor de estéticas


Muitas vezes o filme dialoga com o espectador por meio de uma imagem poética, uma metáfora, sem que seja necessário o uso da palavra. As imagens e sons assumem um ritmo próprio tal como a composição da poesia. Estes filmes não seguem, necessariamente, um enredo como a maioria, pois a poesia cria enigmas e articula emoções. O que acontece agora é que além de apresentar o concreto, o superficial, tais filmes mergulham na paisagem interior. A amplitude de quem olha o outro e a si mesmo em profundidade, devendo ler (o filme) nas entrelinhas, refletindo seu ritmo visual, aproximações e confrontos. Ele dialoga com as demais formas de expressão artística. Pintura, escultura, fotografia, arquitetura percebidas através do enquadramento, planificação, ritmo, iluminação.


Cinema – o destemido


O cinema nos permite que nos coloquemos em situações extremas, diferentes daquelas que conhecemos ou experimentamos. Ler um filme significa examinar o contexto social, cultural e ideológico que o fundamenta.


Cinema – o desportivo


Um filme, apreciado, é também uma fonte de entretenimento, de interação emocional. Ele provoca, muitas vezes, no expectador, uma resposta, seja de empatia, aceitação, dúvida ou rejeição.


Cinema – o divulgador de ideias


O cinema, quando não traz respostas, provoca questionamentos. Nem sempre nos é oportunizada uma leitura promotora de mudanças ou mobilizadora. Contudo, nós podemos oportuniza-la através do exercício reflexivo seja no âmbito individual, ou coletivo.