Ah, as cores que trago comigo, tintureiro
Pintariam o mundo de um jeito especial
Mas não posso abrir-me por inteiro
Pois deste jeito faço-me imoral
De pedras ocas e balas duras
Em uma noite das mais escuras
Eu entreguei o ouro enfim
Para saudá-lo comprei correntes
E enfrentei, mais de mil gentes
Para salvar o pobre marfim
Aquela velha lua de noite
Que brilha muito, mas sei que esconde
Maravilhosas cores de mim
Quem, com as minhas seriam duas
Formando lenta, por entre as ruas
Um arco-íris de luz sem fim
[João Paulo Massotti - 27/11/2008]